NEWSLETTER FEVEREIRO 2005

MENSAGEM DO PRESIDENTE

Dentro das diversas ações realizadas pelos profissionais de EHS, sem dúvida o objetivo maior vem a ser a prevenção de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais.

No aspecto conceitual o único caminho vem a ser a ação preventiva, sendo que em relação a doenças ocupacionais gostaria de lançar uma questão:

Como poderemos estar seguros que nossos colaboradores não adoecerão em conseqüências as suas condições de trabalho?

As doenças ocupacionais são classificadas em três grupos:

•  Doenças Ocupacionais: onde exista a relação de um agente ocupacional único para o nexo causal. (Surdez-Ruído, Silicose-Sílica, Plumbemia-Chumbo, Cãncer ocupacional, etc.)

•  Doenças relacionadas ao trabalho: onde exista a interação de diversos fatores ocupacionais para o nexo causal. (Ansiedade, Insônia, Hirpertensão Arterial, etc.)

•  Doenças Degenerativas: evolução não relacionada ao ambiente de trabalho.

Ao pensarmos na possibilidade da interação dos agentes ocupacionais em relação a Saúde Ocupacional estaremos avaliando os ítens 1 e 2 descritos acima.

No ambiente de trabalho deveremos avaliar de um lado os agentes ocupacionais presentes (físicos, químicos, biológicos e ergonômicos), levando-se em conta o tempo de exposição efetivo (hora da verdade), a susceptividade individual e as proteções implantadas (engenharia, administrativa ou individual).

Este tipo de avaliação está garantido pelo desenvolvimento de um PPRA consistente sendo que pelo menos garanta as seguintes etapas:

•  Conhecimento detalhado do processo operacional.

•  Avaliação qualitativa (estudo toxicológico).

•  Avaliação quantitativa (validação estatística).

•  Recomendações.

•  Plano de ação.

Este modelo procurará garantir de acordo com um critério baseado no risco a implantação de diversas medidas que miniminizem a exposição potencial dos funcinários envolvidos.

Nesse sentido, como poderemos comprovar tecnicamente que nossas ações de proteção e miniminização de risco são realmente eficazes para não ocorrer às doenças ocupacionais?

De um lado deveremos estar seguros que todas as nossas ações estejam formalizadas e com plena competência técnica, porém não deveremos reduzir a influência dos aspectos subjetivos, culturais e comportamentais na organização.

Por outro lado, na extremidade oposta do processo, o setor médico tem como tarefa normativa (PCMSO) realizar investigações de queixas sub-clínicas, estudos epidemiológicos e aplicação de indicadores biológicos de exposição (IBE) como relatórios que possam elucidar a eficácia do controle, portanto entendemos que o alinhamento dos setores de Saúde/Segurança deva ser elaborado na esfera conceitual e não simplesmente no âmbito administrativo.

O não desenvolvimento deste modelo poderá criar um clima aparentemente favorável com indicadores estabilizados, mas vulnerável a diagnósticos pontuais de doenças inesperadas ou epidêmicas, muitas vezes negadas pelos profissionais envolvidos.

Marcelo Demétrio Haick
Diretor Presidente

 

COLUNA DE ERGONOMIA

ERGONOMIA X RESULTADOS FINANCEIROS

No livro “Por Dentro do Trabalho – Ergonomia: Método e Técnica” um dos mestres da Ergonomia, Alain Wisner nos faz refletir sobre a estreita relação entre as intervenções ergonômicas e os problemas econômicos. “Todo ergonomista viu considerações relativas ao preço de custo opostas a melhorias evidentes. De modo mais refinado, atualmente ele é convidado a relacionar os custos e as vantagens de cada solução avaliada”.

Atualmente, esta descrição ainda é muito apropriada e por razões diversas a ergonomia ainda não é reconhecida como um diferencial competitivo. Uma visão que gradativamente está sendo modificada, seria a de uma obrigatoriedade, que deve ser cumprida minimamente, na prevenção de se gerar um ônus para a companhia. No outro extremo das interpretações, temos a ergonomia filantrópica, onde se ignora objetivos econômicos em troca de intervenções dispendiosas e pouco relevantes.

“É assim que, para o controle de um processo químico complexo, podemos prever um dispositivo automático que deixará ao operador uma simples tarefa de vigilância, ou adotar um dispositivo semi-automatizado no qual uma importante atividade de colheita e tratamento de informações será confiada ao homem. Essas duas soluções técnicas levam a tratar de problemas ergonômicos muito diferentes, mas a escolha entre duas tecnologias de controle está ligada a fatores econômicos. A produção de certos produtos químicos se faz segundo procedimentos que evoluem rapidamente e não permitem prever uma grande amortização para as instalações. O dispositivo de controle automático fica então muito caro e prefere-se escolher um dispositivo semi-automatizado menos confiável, porém, muito mais barato ”.(WISNER)

Principalmente devido à globalização, as empresas sofrem grande pressão para manter seus preços competitivos, onde qualquer intervenção ergonômica mais audaciosa, que possa aumentar os custos de produção é analisada com bastante ressalva e ênfase nos aspectos financeiros. Dado que a Ergonomia depende do trabalho, não podemos afugentar as empresas inviabilizando sua operação ou representando mais um obstáculo a ser contornado, cabe aos ergonomistas uma visão realista das empresas em que atuam, para que com criatividade consigam oferecer soluções coerentes e compatíveis com a situação econômica das empresas, visando sempre melhorar seus resultados financeiros.

Tatiana Karpusenko
Ergonomista HSO

 

PROGRAMAÇÃO DE CHATS

DATAS

TEMA: ERGONOMIA

HORÁRIO

15/03/2005

Laudo Ergonômico (análise qualitativa e quantitativa)

14 às 15 hs.

12/04/2005

Programa de Gestão em Ergonomia

14 às15 hs..

10/05/2005

Ginástica Laboral

14 às15 hs.

16/06/2005

Organização do Trabalho

14 às15 hs.

16/08/2005

NR-17

14 às 15hs.

13/09/2005

Fisiologia/Biomecânica

14 às 15hs.

11/10/2005

Gerenciamento da DORT

14 às 15 hs.

22/11/2005

Usabilidade

14 às 15 hs.


DATAS

TEMA: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

HORÁRIO

17/03/2005
18/08/2005

Aplicação do BSC em EHS

14 às 15 hs.

14/04/2005
15/09/2005

Repensando os indicadores de Performance em EHS

14 às15 hs..

12/05/2005
13/10/2005

Como pensar em Planejamento Estratégico no Sistema OHSAS 18001

14 às15 hs.

14/06/2005 24/11/2005

Responsabilidade Social e Eco Eficiência

14 às15 hs.

O CHAT é isento de taxas e para participar acesse nosso site www.hso.com.br no dia e horário marcados.

 

CURSOS TEMÁTICOS (01 dia):

CURSOS

TEMAS

DATAS

Ergonomia

Capacitação em Ergonomia

18/03/2005
26/08/2005

Segurança Ocupacional

Investigação de acidentes pelo método da análise da causa raiz(Root Cause Analysis-RCA)

29/04/2005
30/09/2005

Saúde Ocupacional

Toxicologia Ocupacional

03/06/2005
28/10/2005

Os cursos terão duração de 08 horas, incluindo almoço, coffee break, estacionamento e material de apoio.

Inscrições e informações adicionais pelo tel.(13) 3219-5556 ou www.hso.com.br