NEWSLETTER ABRIL 2004

MENSAGEM DO PRESIDENTE

As organizações modernas cada vez mais trabalham com uma equação simples que estima o retorno profissional sobre os investimentos realizados nos recursos humanos. Um ROI aplicado ao desempenho!

No fundo esta tendência significa em outras palavras mensurar como os funcionários geram valor no dia-a-dia de trabalho.

Na área de EHS, esta avaliação poderá ser realizada por uma análise que leve em conta:

Quais as tarefas que cada profissional realiza em nosso staff de EHS?

Como as pessoas realizam as mesmas?

Nossa cultura gerencial está fortemente embasada na ADMINISTRAÇÃO POR OBJETIVOS (APO), esta prática segmenta tarefas específicas para pessoas pré-definidas e como numa planilha de “follow-up” cada um vem a ser cobrado ano a ano em relação ao seu desempenho.

A APO de um lado compartimentaliza os departamentos de EHS e reforça a ação tecnicista sendo muitas vezes uma condição limítrofe e desmotivadora.

Na prática “o especialista em extintor de incêndio não se mete com o especialista em mapa de risco e vice-versa”.

Este modelo gera uma estrutura em silos que muitas vezes tende a um tecnicismo burocrático.

O valor gerado neste cenário vem a sofrer um declínio em função do tempo e os profissionais tornam-se pouco engajados.

Nossa proposta visa o desenvolvimento de um sistema que realmente gere valor aos investimentos.

O valor do conhecimento é intangível e depende fundamentalmente da interação das pessoas envolvidas.

Nossa proposta objetiva a implantação do PENSAMENTO ESTRATÉGICO onde os profissionais atuem enquanto equipe sendo priorizado as informações técnicas atualizadas, o compartilhamento das decisões e a definição de metas e objetivos alinhados.

Esta ação visa a “destruição” dos silos, o debate pelo consenso, a inovação e a criatividade.

Esta transição passa necessariamente pela discussão de valores e cultura da equipe, sendo necessário um plano seguro de transição.

Por outro lado, estamos convencidos que o paradigma poderá ser devidamente mensurado e comparado, sendo que os resultados superarão os limites previsíveis.

Vale a pena tentar!

Marcelo Demétrio Haick
Diretor Presidente

COLUNA DE ERGONOMIA

Ainda nos dias de hoje observamos o Transporte Manual de Cargas como uma prática em nossas indústrias. Esta atividade possui um impacto significativo em relação as queixas de lombalgias, um distúrbio que representa um grave problema para a Previdência Social e para a população em geral, somado as posturas inadequadas, a vibração e outros fatores que também estão relacionados a este distúrbio.

A NR-17 no item 17.2.2. estabelece: “Não deverá ser exigido nem admitido o transporte manual de cargas, por um trabalhador, cujo peso seja suscetível de comprometer sua saúde ou sua segurança”, porém, a NR-17 não pode contrariar a lei maior, a CLT, que determina um limite máximo para o levantamento de cargas.

Atualmente, como condição preventiva aos trabalhadores o MTE estabelece que em casos de acometimento a saúde, mesmo quando os limites da CLT estão sendo respeitados, o auditor poderá exigir modificações no trabalho. Recomendando normalmente para estes casos a aplicação da fórmula NIOSH e posterior ajuste das condições de trabalho.

A fórmula NIOSH é uma ferramenta para se determinar o peso adequado a ser manipulado por um indivíduo, que o permita realizar a tarefa sem risco elevado de desenvolver lombalgia. Representando um peso que mais de 90% dos homens e 75% das mulheres possam levantar sem desenvolverem problemas à saúde.

Esta equação leva em conta três critérios: (1) biomecânico – considerando momentos que podem causar estresse na região lombar; (2) fisiológico – verifica a capacidade de energia do trabalhador, considerando sua resistência à fadiga e aumento da probabilidade de lesões; (3) psicofísico – considera a capacidade dos trabalhadores para tarefas repetitivas de duração prolongada.

Abaixo está demonstrada a Equação NIOSH:

LPR = LC – HM – VM – DM – AM – FM – CM

  • LPR (limite de peso recomendado)
  • LC (constante de carga)
  • HM (fator de distância horizontal)
  • VM (fator de altura)
  • DM (fator de deslocamento vertical)
  • AM (fator de assimetria)
  • FM (fator de freqüência)
  • CM (fator de pega)

Existe também o Índice de Risco Associado ao Levantamento, que é obtido pela divisão do peso da carga levantada, pelo limite de peso recomendado. Que estabelece três zonas de risco (limitado, moderado e elevado), indicando que o risco de lombalgia aumenta com a demanda de levantamentos exigidos na tarefa em análise.

Para obtenção dos coeficientes da equação, recomendamos a ajuda de um especialista, a consulta à literatura especializada e/ou a aquisição do Manual de Aplicação da NR-17 que fornece um guia para o estabelecimento do Limite de Peso Recomendado (LPR). Porém, adiantamos que a aplicação da fórmula NIOSH não é uma tarefa simples, exigindo do pesquisador uma certa prática e conhecimento prévio, em função da termologia empregada e da dificuldade na identificação dos pontos a serem considerados.

Desde 1981, ano em que esta equação foi desenvolvida, até os dias atuais, novos fatores foram introduzidos à fórmula, como: cargas assimétricas, duração, freqüência e qualidade da pega. Porém, alguns aspectos importantes ainda precisam ser incorporados para torná-la cada vez mais eficaz na determinação de condições ótimas de transporte manual de cargas. Sendo que atualmente a fórmula NIOSH não considera:

  • O efeito cumulativo dos levantamentos repetitivos.
  • Eventos imprevistos como quedas e deslizamentos.
  • Tarefas específicas como: carregamento de objetos frios, sujos, levantados de forma brusca, etc.
  • Alterações de metabolismo em função da temperatura (alta ou baixa).
  • Cargas instáveis, com deslocamento do centro de massa (exemplo: líquidos).

Ressaltamos que a prevenção e o controle deste distúrbio depende do planejamento de intervenções que provenham de diversas frentes e não só do estabelecimento do limite máximo para manuseio de cargas. Segue abaixo algumas medidas importantes a serem analisadas:

  • Instituição de pausas e rodízios, se possível e necessário.
  • Inclusão de exercícios compensatórios, eliminação de movimentos críticos, treinamentos para melhoria da consciência corporal, auxílios mecânicos, etc.
  • Estímulo a hidratação, ajuste do aporte nutricional, etc.
  • Melhoria das condições ambientais (exposição a intempéries, trabalho em baixas ou altas temperaturas, etc.), entre outras.

Podemos concluir que diversas medidas podem ser consideradas para a melhoria das condições de trabalho, devendo o agente transformador levar em consideração que “o ser humano, ao realizar trabalho físico, demonstra ser uma máquina de baixa capacidade, quando comparado com equipamentos mecânicos e mesmos com outros animais” , devendo então, ter seus limites respeitados e valorizados, afim de que um acordo de manutenção e melhoria da saúde seja estabelecido entre empregado e empregador, proporcionando a ambos a obtenção dos objetivos almejados.

TATIANA KARPUSENKO
Ergonomista HSO

MEIO AMBIENTE: LEI DO SOLO

Anteprojeto de lei sobre proteção da qualidade do solo e gerenciamento de àreas contaminadas

Dispõe sobre diretrizes e procedimentos para a proteção da qualidade do solo e gerenciamento de áreas contaminadas e dá providências correlatas.

Este ante-projeto de lei encontra-se à disposição em nosso site www.hso.com.br

PROGRAMAÇÃO DE CURSOS E CHATS CURSO MODULAR: PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM EH&S.

A programação será constituída por módulos de 1 dia por mês e será destinado a diretores, gerentes de EHS e todos profissionais correlatos que influenciem no planejamento e na tomada de decisões estratégicas.

A seguir grade básica com programa:

Cursos

Maio

Junho

Sistemas de Gestão/Auditorias

17/05

-

Avaliação de Performance (metrics)

-

17/06

Outra modalidade será o CURSO TEMÁTICO (02 dias):

Cursos

Junho

OHSAS 18001

22 e 23/06

 

Inscrições e informações adicionais: www.hso.com.br ou pelo tel.: 013 3219-5556

PROGRAMAÇÃO DE CHATS:

Veja abaixo nossa programação de CHAT para o 1º semestre de 2004.

Datas

Temas

Horário

17/05/2004

Sistema de Classificação para Agentes Químicos (GHS)
Convidado: Geraldo André T. Fontoura – Chefe de Meio Ambiente
Bayer – RJ
.

 

14 ÀS 15 H.

01/06/2004

OHSAS 18001

14 ÀS 15 H.

O CHAT é gratuito e para participar   acesse nosso site www.hso.com.br no dia e horário marcados.